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Publicação no Blog - EMEA

Não compre um iPhone 6 em 2022!

January 31, 2024

O software legado não suportará atualizações para sempre, adverte Akanksha Rais, Senior Manager for Solution Consulting da Duck Creek

Seria uma transformação ambígua. Ainda estaria a investir numa marca de nicho e a pagar um preço elevado, só que seria por um artigo tecnológico obsoleto. Poderia argumentar-se que suporta o iTunes, tira fotografias com boa resolução, tem um excelente UX da Apple, pelo que ainda é uma atualização em relação a um telefone antigo. De que é que nos estamos a esquecer? Do desempenho, das atualizações, dos novos jogos e aplicações que apenas são suportados pelas versões mais recentes, e estamos apenas a fazer uma abordagem superficial.

Esta analogia reflete-se nas companhias de seguros com que reunimos e que se encontram em diferentes fases dos seus percursos de transformação. Podem ter progredido rumo à transformação, mas limitaram-se e não foram até ao fim. Embora o mundo tenha passado para uma arquitetura aberta baseada em API e software SaaS baseado na cloud, ainda existem transformações a ser planeadas que estão passos à frente das instalações on-premise tradicionais. As companhias de seguros nesta posição correm o risco de ficar de fora da grande revolução evergreen que envolveu os seguros. O boom da “””insurtech””” é real, e apenas os visionários entrarão na corrida.

A minha função envolve falar com potenciais clientes para descobrir os seus objetivos, compreender as suas dificuldades, pensar em como podem realizar as suas transformações digitais e fazer planos sob medida para satisfazer a situação única de cada empresa. Na maioria dos casos, isto geralmente significa falar com os executivos de nível C e com os utilizadores comerciais das companhias de seguros. Existe uma consciencialização dos problemas e das dificuldades que continuaram por resolver ao longo dos anos por várias razões. Muitas vezes, a comunicação entre as confusas plataformas existentes, criadas internamente ou adquiridas, é o problema. Mudar uma solução não terá impacto suficiente e mudar tudo torna-se numa proposta intratável. Então, como se lida com esta situação?

Infelizmente, não existe uma fórmula mágica que a possa resolver da noite para o dia. A solução reside no reconhecimento das partes mais críticas que afetam os negócios com maior prioridade. Reconhecendo como poderia priorizar as partes mais importantes do seu negócio e efetuá-lo passo a passo. Procurar uma solução que pudesse ser dividida em partes, modulada para resolver uma dificuldade de cada vez e planear meticulosamente o passo seguinte.

Mudar para uma arquitetura que não só diminua a dificuldade, como também lhe permita avançar ao mesmo tempo, é o aspeto principal A nossa plataforma on-demand é infinitamente configurável, permitindo às companhias de seguros inovar novas ideias, novas soluções e novas apólices, adaptadas para satisfazer necessidades complexas e em constante evolução.

Esta conversa estaria incompleta se não se abordasse o termo “débito técnico”. Este é um conceito chave para nós, para conseguirmos avaliar o gasto versus as oportunidades perdidas, em muitos casos porque novos sistemas, tecnologias ou produtos não estão prontos para serem lançados no mercado.

Uma analogia que refiro frequentemente para a situação do débito técnico é a história das pipocas. Quando uma empresa começou a fazer pipocas em óleo de coco, o sabor era ótimo, o público adorava e vendiam-se bem. O problema é que continham muitas gorduras saturadas. As informações de saúde foram publicadas, mas os consumidores não se importaram, até que o governo decidiu anunciar que um pacote de pipocas equivalia a comer um pequeno-almoço americano gigante e salsichas extras. Isto finalmente tece impacto, a procura pelas pipocas mais crocantes mas não saudáveis diminui e a cadeia de abastecimento adaptou-se automaticamente para utilizar um óleo mais saudável.

Vemos que os factos podem ser difíceis para o setor dos seguros. O débito técnico começou a tomar uma forma tangível, e a consciência aumentou para o que as companhias de seguros poderiam economizar em termos de manutenção dos sistemas existentes caso assumissem a rota de transformação. Não para por aqui, uma vez que também estão a ser avaliados os valores sobre o que estão a perder em termos de novas oportunidades.

No entanto, é difícil avaliar onde poderão estar nos próximos cinco anos. Se os seus concorrentes lançarem mais de 50 produtos de seguro novos todos os anos, estarão a ficar à sua frente. Não existe uma avaliação do prémio para este tipo de débito. Não se semeiam as sementes quando se quer comer fruta, faz-se uma ou duas épocas antes. Planeamento, avaliação e execução; tudo isto demora tempo. Os vencedores são os que prevêem a mudança e participam no percurso desde o início. Por conseguinte, da próxima vez que comprar um iPhone em 2022, recomendamos que escolha o mais recente e o maior, o 14 Pro Excel Vita ou como quer que se chame, porque dessa forma saberá que está a pensar no futuro.

 

Akanksha Rais é uma entusiasta da autodefesa, uma ávida jardineira e mãe de dois dragões (duas meninas de 6 e 14 anos). Também é Senior Manager for Solution Consulting da Duck Creek Technologies na Europa.